Em unidades de cuidados intensivos e serviços de urgência a atuação do terapeuta da fala está integrada em equipas multidisciplinares e requer uma abordagem especializada ao atendimento hospitalar com doentes críticos e agudos urgentes. É globalmente reconhecida a relevância do terapeuta da fala nas diferentes tipologias de cuidados intensivos, seja em unidades neonatais, polivalentes ou de especialidades médicas e/ou cirúrgicas.

Conforme o motivo de internamento e as comorbilidades do doente, os atos e procedimentos médicos realizados, bem como a terapêutica medicamentosa administrada, o doente agudo urgente e/ou crítico poderá manifestar alterações na comunicação, deglutição, motricidade orofacial, voz, fala e linguagem que carecem de avaliação e intervenção do terapeuta da fala. Estas alterações poderão ter origem orgânica, mecânica, iatrogénica ou mista. 

 

Num modelo multidisciplinar de reabilitação, a intervenção direta do terapeuta da fala procura otimizar a funcionalidade da comunicação, contribuir para o desmame ventilatório e decanulação em situação de traqueotomia, adaptar e/ou reabilitar a deglutição, entre outros.

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De modo complementar, o terapeuta da fala é consultor e formador da restante equipa de profissionais de saúde, passa/recomenda informações, estratégias e participa nas reuniões e decisões multidisciplinares.
 

O terapeuta da fala intensivista assume um papel dinâmico e multifacetado de significativa especialização e diferenciação. Contribui para a minimização de riscos e complicações associadas ao doente e à prestação de cuidados, potenciando a sua estabilidade clínica e reduzindo o tempo de internamento hospitalar.