A IDENTIFICAÇÃO E A AVALIAÇÃO
É fundamental a avaliação precoce de sinais de dificuldades na aprendizagem da leitura e da escrita. Todas as crianças têm o seu ritmo de aprendizagem mas havendo um padrão persistente destas dificuldades torna-se fundamental uma avaliação especializada.
O Terapeuta da Fala tem um papel preponderante na avaliação, diagnóstico diferencial e intervenção destas perturbações. Desenvolve a sua intervenção em colaboração com os educadores e professores, outros profissionais de saúde e as famílias.
LER E ESCREVER
Aprender a ler e a escrever é uma das competências mais ansiada, quer pelas crianças quer pelos pais. No entanto, para algumas, pode ser sinal de dificuldades e preocupação.
Ler e escrever é um processo complexo onde estão envolvidas competências linguísticas, cognitivas e sensório-motoras.
AS PERTURBAÇÕES DA LEITURA E DA ESCRITA
As perturbações da leitura e escrita comprometem todo o processo de aprendizagem e interferem com o sucesso escolar da criança.
Estas crianças apresentam, frequentemente, sentimentos de frustração, vergonha, baixa auto-estima e confiança reduzidas e pouca motivação para as aprendizagens escolares.
Clinicamente, as perturbações da leitura e da escrita são classificadas como “Perturbação Específica da Aprendizagem”. É uma perturbação do neurodesenvol-vimento que dificulta a capacidade de aprender ou utilizar competências académicas específicas de leitura e escrita, que são a base fundamental para as restantes aprendizagens escolares (DSM-5).
A Perturbação Específica da Aprendizagem tem uma incidência na população escolar de, pelo menos, 5%.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Atualmente é definido o diagnóstico de Perturbação Específica da Aprendizagem com défice na leitura e/ou na expressão escrita, ao que se classificava como:
> Perturbação da Leitura e da Escrita consequente de atraso/dificuldades em diferentes componentes da linguagem ou perturbação específica da linguagem;
> Dislexia - perturbação do neurodesenvolvimento multifatorial caracterizada por um défice no processamento fonológico e na memória de trabalho verbal (componentes da linguagem) apesar do nível cognitivo adequado e da condição educativa;
> Disortografia – perturbação que envolve a organização e codificação da escrita, apresentando-se os textos mal estruturados e verificando-se inúmeros erros ortográficos;
> Disgrafia – alteração funcional no ato motor da escrita, que afeta a qualidade da escrita, sendo a caligrafia bastante irregular no traçado e na forma das letras.
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